APRENDER PARA ENSINAR
APRENDER PARA ENSINAR
Fonte: Arquivo pessoal
Em 2019 ganhei um
presente da minha diretora, trabalhar com crianças de dois anos, maternal 2.
Foi nesse momento que comecei aprender para ensinar. No primeiro dia de aula
recebi as crianças, teve aquele chororô e lá estava ela minha Manu, com dois
laços enormes nos cabelos, uma fralda de pano no rosto super assustada com
tanto barulho e choro.
Os dias foram se passando
comecei a observar a Manu, uma criança autista de cinco anos em uma sala de
crianças de dois anos, não conhecia a fundo o espectro autista, tive que
quebrar meus paradigmas, pesquisar, ler, perguntar e fazer o máxima que estava
ao meu alcance para ajudar a Manu.
Comecei por observar tudo o que ela fazia, tinha horas que parecia que ela não
estava neste mundo, olhar distante e nunca respondia quando era chamada. Então
um dia, quando já estávamos com a sala controlada, me sentei no chão fiz uma
rodinha de conversa e disse para as crianças que Manu era nosso bebê, que eu
precisava da ajuda deles para cuidar dela.
Depois daquele dia foi
incrível, as crianças abraçavam, beijavam, cantavam e tentavam sempre ficar
perto dela, eu sempre estimulando esse contato deles para com ela, o retorno
foi gratificante, ela começou a responder aos estímulos e passou a imitar as
crianças, para quem entrou na sala e não falava nenhuma palavra, ela já estava
tentando cantar a música da hora da fila piui tcha tcha tcha na língua dela que
era pi pi pa pa pa e assim foram as nossas tardes.
A grande muralha do medo
estava caindo e todos nós passamos a ganhar com a nossa Manu, e o ponto alto
desse ano foi ela tomar água usando as minhas mãos com copo e a experimentar
alimentos, pois ela não fazia nenhum dos dois, foram meses sem desistir, todos
os dias eu tentava maneiras diferentes para isso acontecer, terminei o ano com
muito orgulho de todos, meus outros dez pequenos, da Manu e por último de mim,
pois pude ver o quanto é gratificante ser professora de crianças tão especiais
é incrível também saber que com muito amor, disciplina e seriedade no que se
faz, você pode transformar a vida de uma criança seja ela quem for.
Aprender a olhar para seu
aluno como gostaria que olhassem para você.
Um grande abraço!
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Excelente texto sobre inclusão, ficamos gratos em saber que temos professores capacitados e tão dispostos a trabalhar com essas crianças com tanto carinho e respeito. Que possamos continuar avançado nessa questão e buscar aprender cada vez mais sobre essas crianças tão especiais....
ResponderExcluirOlá, Éder Fortunato!
ExcluirAgradecemos por compartilhar sua opinião!
Abraço!
Bete foi a primeira professora do meu caçula e ele não esquece a tia Bete.
ResponderExcluirFui lendo seu artigo e lágrimas descendo, emocionei, pois conheço o amor e cuidado que tem com as crianças e frente á um desafio diário você soube entender sua aluna e incluí-la de maneira natural. Sem medir esforços! Parabéns! Que seja exemplo!
É Excelente quando encontramos profissionais assim, que amam o que fazem!!
ExcluirAgradecemos sua participação!
Abraço.
Os desafios de ensinar são enormes. Mas a dedicação e a preparação leva a resultados significativamente positivos. Parabéns!
ResponderExcluirOlá, Alencar!
ExcluirExatamente, é importante está preparado e dedicar-se, faz toda diferença!
Gratas pela sua participação.
Abraço!
É emocionante ler o relato da professora Elizabete. Fico imaginando os momentos descritos, e o que posso dizer é que eu acredito no poder transformador da educação. É um compromisso que exige esforço e dedicação, para conquistas tão gratificantes. Superar limites e aprender sempre, com certeza faz a diferença. Parabéns!
ResponderExcluirOlá, Poli Parente!
ExcluirTambém ficamos emocionadas com tanto amor, carinho e dedicação. As ações da professora Elizabete são exemplos que nos inspiram.
Agradecemos sua participação!
Abraço.